Essa posição, relatada pela imprensa daqui, foi expressa pelo representante permanente dessa nação levantina na Organização das Nações Unidas (ONU), embaixador Bassam Sabbagh, durante uma sessão do Conselho de Segurança dedicada a discutir questões políticas e humanitárias sobre a Síria.
Washington cometeu e continua cometendo violações flagrantes contra a Síria ao enviar tropas de forma ilegal e injustificada para o território sírio, apoiando milícias separatistas e usando grupos terroristas para realizar atos de sabotagem e provocar e prolongar a crise humanitária, disse o diplomata.
Ele denunciou a entrada ilegal de delegações dos EUA no nordeste da Síria, citando a recente visita de uma delegação liderada pelo vice-secretário de Estado adjunto dos EUA, Ethan Goldrich.
Os militares dos EUA saqueiam a riqueza nacional, roubam petróleo, gás e trigo e privam os sírios de seus recursos, causando perdas diretas e indiretas no setor petrolífero estimadas em US$ 115 bilhões, disse o delegado.
Além disso, disse Sabbagh, os EUA e seus aliados europeus continuam a impor medidas coercitivas unilaterais que afetam todos os setores vitais da Síria, como alimentação, saúde, energia, transporte e produção agrícola, e causam sofrimento humanitário sem precedentes aos sírios.
No entanto, apesar de todas essas violações, Washington fala em todas as reuniões do Conselho de Segurança sobre a necessidade de respeitar a Carta da ONU e a importância de defender os princípios do direito internacional, disse ele.
O diplomata também denunciou os contínuos ataques israelenses, que só neste ano chegaram a 30 contra infraestruturas, instalações civis vitais e aeroportos, e rejeitou o silêncio de alguns Estados que se dizem protetores do direito humanitário internacional, mas na realidade são cúmplices e agem com dois pesos e duas medidas.
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