Em comparação, o chefe da diplomacia russa, em uma entrevista à agência de notícias TASS, recordou as visitas de delegações africanas à Rússia que defenderam uma solução pacífica, assim como as propostas de paz da China, Brasil e vários outros países, incluindo a Liga dos Estados Árabes.
“Todas essas propostas foram ditadas por um desejo sincero de ajudar a chegar a um acordo e concordar com um acordo baseado na consideração e eliminação das causas fundamentais da situação atual e na garantia de segurança para todos os lados”, enfatizou Lavrov.
“Agora o Ocidente está promovendo a possibilidade de iniciar negociações, enquanto afirma em alto e bom som que a única base para as negociações é a fórmula de paz do presidente ucraniano Vladimir Zelensky. Não há nada para discutir aqui, essa fórmula é um puro ultimato”, disse ele.
Nesse sentido, ele chamou a atenção para o fato de que “nem uma única pessoa que tenha o mínimo de bom senso” pode promover esse ultimato como base indiscutível para as negociações, “a menos que busque interromper e impedir essas conversas”.
Lavrov também advertiu que “quando o Ocidente começa a lançar rumores provocativos sobre a possibilidade de uma trégua, eles aparentemente testam nossa disposição de aceitar suas condições”.
E, de fato, eles não escondem seu objetivo: fazer uma pausa de vários meses, nenhum acordo além de uma trégua temporária e, durante o tempo ganho, bombardear a Ucrânia com novas armas, além daquelas que já foram fornecidas, acrescentou.
O ministro enfatizou que, nesse caso, o Ocidente está seguindo a mesma lógica dos acordos de Minsk. “Eles admitiram que ninguém iria implementar os acordos de Minsk, nem a Alemanha, nem a França, e certamente não a Ucrânia”.
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