O governo argelino, por meio do Ministério das Relações Exteriores do Níger, recebeu a notificação de que a iniciativa argelina para uma solução política para a crise no país irmão foi aceita, de acordo com um comunicado emitido pelo Ministério das Relações Exteriores da Argélia.
O comunicado acrescenta que o presidente da Argélia, Abdelmadjid Tebboune, instruiu seu ministro das Relações Exteriores, Ahmed Attaf, a iniciar os preparativos em Niamey para as negociações entre as partes envolvidas.
Há algumas semanas, o ministro Attaf e outros funcionários de alto escalão foram enviados pelo presidente Tebboune à capital nigeriana e a outros estados africanos para encontrar uma solução negociada para a crise desencadeada pela derrubada do presidente Mohamed Bazoum manu militari em 26 de julho.
A destituição do presidente, acusado de deterioração da situação de segurança e de “má gestão dos assuntos econômicos e sociais” no Níger, provocou uma reação violenta da Comissão Econômica dos Estados da África Ocidental, que ameaçou uma ação militar para devolver Bazzoum ao poder, com o apoio discreto da França.
Nesse meio tempo, o governo militar interino declarou o embaixador da França, a antiga potência colonial, que ainda tem grandes interesses de mineração na Nigéria, persona non grata e pediu a retirada do contingente militar francês estacionado no país.
Desde então, no entanto, a temperatura caiu vários graus, a tensão tendeu a se acalmar com o anúncio do Ministério das Relações Exteriores da Argélia e a situação se estabilizou depois que Níger, Mali e Burkina Faso assinaram um acordo de defesa mútua há alguns dias.
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