Em 1982, as Mães da Plaza de Mayo e outras organizações convocaram uma manifestação para exigir a aparição com vida dos desaparecidos, o retorno de crianças sequestradas, a libertação de presos políticos e o fim da repressão.
A mobilização, brutalmente reprimida pelas forças da Polícia Montada, foi fundamental para denunciar e tornar visíveis os crimes contra a humanidade e as violações cometidas sob a cobertura do terrorismo de Estado, disse a Secretaria em um comunicado.
Também compartilhou imagens desse evento, pertencentes ao Fundo Guillermo Loiácono do Arquivo Nacional de Memória.
Recentemente, a Secretaria expressou sua profunda preocupação com as declarações do candidato presidencial do La Libertad Avanza, Javier Milei, que negou e banalizou o terrorismo de Estado durante o regime militar.
Durante o primeiro debate obrigatório entre os candidatos à Casa Rosada, Milei afirmou que “não houve 30.000 pessoas desaparecidas” durante esse período e que “na década de 1970 houve uma guerra em que as forças cometeram excessos”. Essas frases nos levam de volta aos discursos que a ditadura usou para justificar o genocídio e que mais tarde foram usados pelos responsáveis por esses crimes para buscar a impunidade, disse um comunicado da organização de direitos humanos. Quarenta anos após o retorno da democracia e após o progresso alcançado, sabemos que na Argentina não houve guerra nem excessos, mas um estado terrorista que planejou e executou um massacre para impor um modelo econômico e eliminar toda dissidência política, acrescentou.
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