Em declarações exclusivas à Prensa Latina, professor e pesquisador da Universidade de Buenos Aires, Argentina, Hernán Camarero destacou que este é um evento extraordinário para pensar os problemas econômicos, históricos e o futuro da política latino-americana e especialmente seus vínculos com a nação eslava.
“Aqui aparecem temas que não são frequentes noutros congressos, este tem uma vantagem, pois permite uma porta de entrada para a diplomacia russa e para as relações que este país teve, tem e pode ter com a América Latina”, argumentou.
Da mesma forma, a diretora do Comitê Nacional Russo para a Cooperação Econômica com os Países Latino-Americanos, Tatiana Mashkova, explicou que à primeira vista parece ser uma reunião puramente teórica dada a adesão dos seus participantes.
Porém, para nós, empresários, é muito útil porque nos permite compreender tudo o que se desenvolve por trás dos números. Os critérios de cientistas, acadêmicos e políticos dão-nos luz sobre as orientações empresariais e de investimento, enfatizou.
Por outro lado, Camarero especificou que a reunião permitiu quebrar certas barreiras de informação em relação à situação que atravessa a Rússia, critérios na sua opinião que são tendenciosos especialmente porque respondem aos interesses dos Estados Unidos e da seus aliados europeus
“Vir a São Petersburgo e conhecer em primeira mão a realidade russa e ouvir os especialistas com dados, com provas, é muito importante e permite-nos regressar aos nossos países e elevar o nível do debate para nos livrarmos da manipulação e mentiras estabelecidas pelos meios de comunicação tradicionais e hegemônicos, que têm muita influência na região”, especificou o historiador.
Neste dia 6 de outubro, após intensos dias de debates, o Fórum chega ao fim com o compromisso de continuar a ser realizado semestralmente e de se dedicar principalmente aos mecanismos e desafios da formação de uma nova ordem mundial multipolar.
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