“Nos reunimos com os principais representantes da Confederação de Empresários Privados da Bolívia. Como Estado já lançamos as bases sólidas para industrializar a Pátria, continuaremos avançando com firmeza em um processo no qual a comunidade empresarial privada pode contribuir enormemente ”, escreveu o presidente em suas redes sociais.
O governo nacional implementa a construção de mais de 130 plantas industriais até 2025, ano do Bicentenário da Bolívia independente.
Esta estratégia inclui áreas que vão desde a mineração de lítio, alumínio, ferro, fertilizantes, produção de alimentos e desenvolvimento da química básica.
As negociações foram confirmadas nesta sexta-feira em entrevista coletiva na Casa Grande del Pueblo (sede do governo) pelo ministro da Economia, Marcelo Montenegro, e pelo presidente da CEPB, Giovanni Ortuño.
Ao lado deles estiveram os chefes de Planejamento do Desenvolvimento, Sergio Cusicanqui, e de Economia Plural e Desenvolvimento Produtivo, Néstor Huanca, que apoiaram o que foi discutido na reunião, segundo em um processo de reaproximação e acordos.
“A orientação geral é acompanhar o Governo no desenvolvimento da sua política económica, acelerar os processos de reactivação económica e contribuir, a partir do nosso potencial, para tornar o desenvolvimento económico uma realidade no país”, explicou Ortuño.
Acrescentou que “foram estabelecidas diretrizes claras sobre a cooperação e complementaridade da iniciativa privada com o aparelho governamental”.
Sem dar detalhes sobre as áreas de atuação do empresariado privado, Montenegro destacou que uma delas será o turismo em constante expansão na Bolívia.
O plano, que visa “promover novas indústrias de produtos estratégicos voltados à substituição de importações para reduzir a dependência da produção externa”, foi explicado por Arce à diretoria da CEPB em primeira reunião, no dia 10 de abril.
As conversas desta sexta-feira deram continuidade a esse diálogo entre o dignitário e a CEPB.
Ortuño qualificou como “bem sucedida” a conclusão de “uma etapa do processo de construção de uma agenda conjunta entre o governo nacional e as empresas privadas do país”.
“Da Confederação de Empresários Privados da Bolívia – afirmou – estamos trabalhando com grande interesse para fortalecer iniciativas deste tipo, com a certeza de que hoje mais do que nunca, os bolivianos têm a necessidade de articular esforços para apoiar o crescimento, promover o desenvolvimento e resolver as dificuldades.”
Destacou a “necessidade de priorizar o que nos une, entendendo que o bem-estar se constrói com vontade, esforço e diálogo, dialogar não significa impor ou exigir, mas sim chegar a consensos com respeito, abertura e honestidade”.
Nesta sexta-feira, Arce também participou do evento comemorativo dos 72 anos de fundação da Confederação Geral dos Trabalhadores em Fábricas da Bolívia (Cgtfb).
Ao discursar, o Chefe de Estado sustentou que hoje “a política económica visa fortalecer o sector transformador. Temos potencial para produzir a partir de matérias-primas e é aí que se concentra o nosso processo de industrialização”.
Enfatizou que a estratégia do Governo inclui o desenvolvimento da química básica e a promoção da formação e formação tecnológica.
“Estamos entrando numa era em que vamos exigir maior especialização dos nossos trabalhadores. Hoje o processo de industrialização não é um capricho; antes nunca houve a intenção de industrializar o país, mas o nosso governo está fazendo e está executando”, disse. destacou em referência ao estágio das administrações neoliberais.
Anunciou a próxima inauguração da Fábrica de Fertilizantes NPK (nitrogênio, fósforo e potássio) em Cochabamba e apelou à proteção da indústria nacional do contrabando. ro/jpm/ml