Segundo o porta-voz da Presidência, Homero Figueroa, o Conselho de Segurança Nacional decidiu esta segunda-feira reiniciar a atividade comercial a partir da próxima quarta-feira, às 6h00 locais.

No entanto, explicou que estará sujeito a rigorosos controlos militares e medidas de registo biométrico nas províncias de Dajabón, Elías Piña, Independencia e Pedernales e esclareceu que o objectivo é facilitar a transferência de produtos essenciais como alimentos e medicamentos.

Estabeleceu também a criação de um fundo para a mecanização do trabalho agrícola, a fim de reduzir a contratação de trabalhadores imigrantes indocumentados.

A República Dominicana reforçará a militarização da fronteira para dificultar o acesso de membros de gangues ao seu território e manterá o fechamento da imigração por tempo indeterminado para evitar o trânsito de pessoas, disse Figueroa.

O diretor de Estratégia e Comunicação Governamental destacou que o Conselho também proibiu a exportação de produtos eletrónicos, cimento, varetas e outros materiais de construção.

Argumentou que estas medidas mantêm as gangues haitianas fora do território nacional, incentivam o retorno voluntário de milhares de imigrantes, reduzem a entrada de imigrantes indocumentados e controlam o contrabando de armas e substâncias proibidas.

Em 11 de setembro, o Conselho de Segurança Nacional ordenou o encerramento da fronteira com o Haiti para o comércio e a migração, a suspensão da entrega de vistos e a reativação do canal La Vigía, na província de Dajabón.

O Governo explicou que o acima exposto é vital para garantir a segurança nacional face à instabilidade política e social causada pelas gangues no país vizinho, e para proteger o meio ambiente ameaçado pela construção de um canal no rio Dajabón por civis haitianos, sem a existência de um projeto técnico.

As autoridades haitianas explicaram inicialmente que este trabalho foi realizado por entidades privadas, mas posteriormente apoiaram o projeto, enquanto o presidente Luis Abinader afirmou que só falará com o seu vizinho se interromper o referido trabalho.

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