Na sua mensagem a propósito do Dia Internacional da sua erradicação, o responsável apelou à renovação do compromisso para acabar com este flagelo que afeta quase 700 milhões de pessoas, que sobrevivem e vivem com menos de 2,15 dólares por dia.
“No nosso mundo de abundância, a pobreza não deveria ter um lar”, acrescentou o chefe da ONU.
Os conflitos, a crise climática, a discriminação e a exclusão, especialmente contra mulheres e meninas, aprofundam a angústia, à qual se acrescenta um sistema financeiro global obsoleto, disfuncional e injusto, insistiu.
Ao ritmo atual, quase 500 milhões de pessoas ainda viverão na pobreza extrema em 2030, lamentou Guterres.
O responsável da organização considerou este como “um desafio que podemos vencer”.
Em Setembro, os líderes mundiais reconheceram a necessidade de reformar a arquitetura financeira internacional e comprometeram-se com um plano ousado para resgatar a Agenda 2030 e acelerar os esforços para erradicar a pobreza em todo o mundo, disse ele.
O compromisso inclui apoiar um estímulo dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável de pelo menos 500 bilhões de dólares por ano em financiamento de investimentos para alcançá-lo.
Os líderes também concordaram em medidas específicas destinadas a aliviar a pobreza e o sofrimento de todas as pessoas, desde sistemas alimentares e educativos transformados até empregos dignos e maior protecção social, acrescentou.
Este ano o Dia Internacional tem como tema Trabalho digno e proteção social para lançar a dignidade, com um apelo ao acesso universal a estes para defender a dignidade humana.
Embora a ONU garanta que a pobreza extrema sofreu uma diminuição notável nas últimas décadas, no final de 2022 mais de oito por cento da população mundial sofria deste flagelo.
Outras estimativas prevêem que 575 milhões de pessoas, sete por cento dos habitantes do planeta, poderão ficar presas nesta situação até ao final de 2030.
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