Conforme relatado hoje pela instituição, que abriga, entre outras, pinturas Guernika de Pablo Picasso, é uma contribuição da Conflict Textiles, liderada por sua fundadora, Roberta Bacic; e a pesquisadora Marina Vinyes.
Durante o evento “Costurar para Curar”, no dia 21 de outubro, serão apresentadas as arpilleras que oferecem a reflexão e denúncia de diversos grupos de mulheres que, durante os anos da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), contribuíram com sua arte para a memória coletiva.
As peças, que estão depositadas por tempo indeterminado no Acervo do Museu, foram adquiridas pela Fundação Museu Reina Sofía, dirigida por Carolina González Castro.
A serapilheira ‘Não ao plebiscito, não podemos nem opinar’, foi adquirida pela curadora da Conflict Textiles, Roberta Bacic, na Alemanha em 2009 e retrata a consulta popular realizada naquele ano no sul do país, Outra serapilheira, Cain, onde está
seu irmão?, (1983), permite uma abordagem da forma como os grupos religiosos no Chile trabalharam em torno de questões de violações dos direitos humanos.
A peça Não Temos Acesso aos Serviços Públicos (1984), foi realizada numa oficina comunitária de Santiago, enquanto a arpillera Carabineros reprimindo os moradores com canhões de água, foi produzida em 1987 pela Oficina Vicaría de la Solidaridad.
Além dessas quatro peças, Roberta Bacic oferece como doação ao Museu uma quinta arpillera, mais atual, Mapa do Chile, 2009, que chegou às suas mãos como presente pessoal da artista Aurora Ortiz.
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