Falando na Africa Energy Week, no sul da Cidade do Cabo, explicou que os recursos da África Subsaariana têm capacidade para “produzir entre 5 e 13 bilhões de toneladas por ano” de hidrogénio verde.
Acreditamos que o custo poderá atingir cerca de dois dólares por quilograma, essencialmente até 2050, tornando assim o hidrogénio verde financeiramente competitivo com outras fontes de energia.
A produção deste combustível limpo, acrescentou o Ministro, também poderia contribuir significativamente para os fundos de rendimento nacional de muitos países africanos com até 20 bilhões de dólares e “poderia melhorar a qualidade de vida do nosso povo”.
Da mesma forma, acrescentou, “garantir que colocamos África num pedestal” para um crescimento económico significativo no futuro.
Precisamos, disse ele, de ter uma visão pan-africana na exploração deste vetor energético, e a nossa opinião é que até 2040 África será capaz de gerar até 50 vezes mais energia a partir de energias renováveis do que a procura global estimada.
Para além da produção de hidrogénio verde, continuou Ramokgopa, em relação a outras formas de geração de energia renovável temos vantagens em termos de localização geográfica.
“Acho que temos alguns dos mais altos níveis de radiação solar de qualquer lugar do mundo, e também algumas das melhores velocidades de vento ao longo das áreas costeiras”, disse ele.
No entanto, alertou, África deve dar a sua própria interpretação do que constitui uma transição energética justa.
Temos a oportunidade de definir uma transição energética justa com características africanas e, neste caso, trata-se do acesso universal, da exploração de minerais críticos que são fundamentais para o desenvolvimento do hidrogénio verde e a concretização do seu potencial, destacou o Ministro.
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