O vice-chefe do grupo parlamentar do Partido da Justiça e Desenvolvimento, no poder, Ozlem Zengin, anunciou a decisão do governo de declarar três dias de luto nacional pelos 500 mortos no ataque ao hospital Al-Ahly, em Gaza, no dia 17 deste mês, noticiou a imprensa da capital.
Palestina, Síria, Egito, Irã, Iraque e Líbano também apoiaram este decreto turco.
Num documento, todos os partidos no parlamento turco expressaram a sua tristeza pelas inúmeras mortes causadas pela ofensiva aérea e apelaram a uma solução por parte da comunidade internacional. Os parlamentares descreveram os acontecimentos como crimes contra a humanidade, informou a agência Anadolu.
Por seu lado, o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, disse na rede social X (antigo Twitter) que considera Israel responsável pelas 500 mortes, incluindo mulheres e crianças. “Tel Aviv violou os direitos humanos básicos através dos bombardeamentos e das mortes”, denunciou o presidente.
A agência Sputnik referiu-se à preparação de Israel para uma ofensiva terrestre, após os ataques aéreos realizados, que pretende lançar assim que estiver concluída a mobilização de 300 mil reservistas.
Desde o início da escalada de Tel Aviv em Gaza, mais de 4.800 pessoas foram mortas e 16.500 ficaram feridas. Israel privou a população da Faixa de Gaza de água, eletricidade e alimentos.
O exército israelense distanciou-se publicamente do ataque à instituição médica e culpou o movimento de resistência Hamas por bombardear o seu próprio povo.
Da mesma forma, o centro turco de combate à desinformação denunciou a falsidade das notícias que apareceram nos meios digitais de Tel Aviv sobre um alegado ataque do Hamas contra o hospital Al-Ahly em Gaza, indicou a agência Anadolu.
O centro turco referiu-se ainda à utilização de imagens de vídeo de 2022 para mostrar supostos acontecimentos ocorridos este ano.
ro/para/kt/cm