A carta, na qual o marinheiro genovês relata as suas descobertas após a sua primeira viagem à América, foi vendida na quinta-feira passada por 3,92 milhões de dólares durante um leilão na Christie’s desta cidade americana.
O documento intitulado “De insulis nuper inventus” (Das ilhas recém-descobertas), é composto por quatro folhas escritas em latim em ambos os lados.
No texto, Colombo narra a topografia dos lugares conhecidos e fala sobre os povos do que chamou de “ilhas das Índias”, em referência à Hispaniola – território caribenho onde hoje coexistem a República Dominicana e o Haiti – e outras ilhas.
A epístola é datada “do terceiro dia antes das calendas de maio de 1493” e foi enviada a Gabriel Sánchez, “Tesoureiro dos mais serenos soberanos Fernando e Isabel”, afirma a descrição.
Nele aparece uma introdução na qual se faz referência a Cristóvão Colombo como o homem “a quem nosso tempo tem uma grande dívida”.
De acordo com a Christie’s, o conteúdo da carta constituía, na sua época, “o primeiro furor midiático alguma vez visto, expandindo-se rapidamente por toda a Europa e mudando para sempre as percepções populares sobre o tamanho, a forma e as possibilidades do seu mundo”.
Embora não seja o único exemplar disponível da “carta de Colombo” – existe uma semelhante nos fundos da Biblioteca Pública de Nova Iorque – é avaliada como uma das duas únicas que tiveram proprietários privados até à data.
Durante um século o texto foi propriedade de uma biblioteca privada e a sua história anterior carece de precisão. No entanto, sabe-se que o documento foi falsificado e roubado em inúmeras ocasiões, indicou o The New York Times.
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