“As palavras têm um significado preciso na diplomacia. A guerra contra o terror com o retorno da coalizão contra o Estado Islâmico significa que a França participará da guerra contra o Hamas”, perguntou o várias vezes candidato presidencial em sua conta no site de rede social X. “Não tenho certeza se a França participará da guerra contra o Hamas.
Em Jerusalém, após uma reunião com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, o líder francês disse aos repórteres que a coalizão criada em 2014 também poderia confrontar o Hamas, que em 7 de outubro realizou um ataque letal em solo israelense que, acredita-se, matou cerca de 1.400 pessoas.
Mélenchon insistiu que, em caso afirmativo, onde ou quando seria a eventual participação de Paris.
“Em Gaza? Agora?”, enfatizou o político, criticando Macron por não pedir um cessar-fogo no conflito, que aumentou após a ação do Hamas e a retaliação de Israel, que desde então bombardeia a Faixa de Gaza e aplica um bloqueio total, com mais de 5.000 mortes palestinas registradas.
Na opinião do líder da La France Insoumise, esses comentários do chefe de Estado são altamente questionáveis, pois representam um retorno à teoria da guerra ao terror de George W. Bush e dos neoconservadores.
Em suas declarações, Macron também distanciou o Hamas dos palestinos e conclamou Netanyahu a lutar sem piedade, mas não sem regras, respeitando a vida dos civis.
Também disse que o reconhecimento do direito legítimo da Palestina à condição de Estado, vivendo lado a lado em paz e segurança com seu vizinho, é urgentemente necessário.
A segurança de Israel não pode ser mantida sem um relançamento decisivo de um processo político com os palestinos, disse ele.
O presidente francês também deve se reunir hoje em Ramallah, na Cisjordânia ocupada, com o líder palestino Mahmoud Abbas, e na capital da Jordânia, Amã, com o rei Abdullah II.
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