O presidente da Lithium Deposits Boliviano (YLB), Karla Calderón, afirmou que foi necessário fazer ajustes nas partes elétrica, mecânica e de automação, além de solucionar a falta de planta de água.
Informou que a instalação tem capacidade de produção de 15 mil toneladas por ano e a sua construção exige um investimento superior a 94 milhões de dólares.
Acrescentou que “(…) foram encontradas algumas dificuldades relativamente ao projeto, que tinha sido aprovado na altura, e posso falar disso pessoalmente porque na altura, em 2021, entrei para o Gestor de Projeto e os problemas encontrados eram bastante observáveis”.
Ele ressaltou que sua equipe basicamente teve que começar do zero.
O projeto da instalação foi executado pela K-Utec AG Salt Technologies, como resultado de um contrato assinado em 2015, e posteriormente a construção da obra foi entregue à Beinjing Maison Engineering Co Ltd. -Associação CMEC).
Além dos problemas de projeto, foi observada a falta de água para o funcionamento da usina da industrialização do lítio.
“Sabíamos, na altura, que, se isto continuasse, a conclusão e, portanto, a produção não seriam possíveis”, revelou Calderón em conferência de imprensa.
Ele reiterou os problemas elétricos, mecânicos e de automação de controle, além do fato de o comissionamento também não estar previsto no contrato inicial.
Sustentou que houve diálogo com a empresa e foi acordado que esta fase poderá ser concluída, já que “é uma das fases mais importantes”.
“A questão da água também foi uma grande dificuldade”, sublinhou o proprietário, “o fato de na altura ter sido licitada sem ter em conta o correspondente tratamento da água”.
Neste sentido, esclareceu que as obras relativas a esta componente já foram contratadas para a “conclusão do arranque da Central de Carbonato de Lítio”.
Calderón especificou que, além disso, os trabalhadores trabalham no fornecimento de energia elétrica e no fornecimento de combustível.
A presidente da YLB destacou que a tarefa que sua equipe neste momento é eminentemente técnica.
A construção da usina Começou em 2018, foi interrompido durante o Governo de facto de Jeanine Áñez (2019-2020), e o projeto foi retomado após a reconquista da democracia com a eleição do presidente, LUis Arce, no final de 2020.
mgt/jpm/ls