Em declarações à televisão Al Jazeera, o doutor Yousef Abu al-Rish alertou que restam poucos medicamentos nos hospitais da região devido ao bloqueio imposto pelo país vizinho desde 7 de outubro.
“Já não temos capacidade para receber mais vítimas de agressões devido à avalanche de feridos”, frisou.
Por sua vez, o diretor-geral dos hospitais da Faixa de Gaza, Muhammad Zaqout, explicou que oito deixaram de funcionar desde o início do novo ciclo de violência.
As medidas punitivas de Israel ameaçam cortar o serviço a algumas instalações importantes, criticou o responsável, que alertou que a falta de combustível pode causar um grande desastre.
Israel implementou um bloqueio total contra aquele território, que incluiu cortes no fornecimento de alimentos, combustível, medicamentos, água potável e eletricidade.
Tanto as autoridades médicas palestinas, como organizações não-governamentais e diversas agências da ONU exigiram repetidamente que o país restabelecesse os serviços básicos para evitar um apagão total nos hospitais de Gaza, que estão a horas de ficar sem combustível, essencial para o funcionamento dos geradores de eletricidade e das ambulâncias.
A ministra palestina da Saúde, Mai Al-Kaila, também denunciou ontem o colapso do setor na Faixa.
Durante uma conferência de imprensa nesta cidade, o responsável explicou que até à data 15 dos 35 hospitais deixaram de funcionar devido aos ataques israelenses ou por falta de combustível.
Além das bombas, os centros médicos e o seu pessoal estão sujeitos a ameaças diárias, questionou Al-Kaila.
Explicou que os hospitais a partir desta terça-feira não podem receber doentes ou feridos para tratamento por falta de capacidade, pois há escassez total de leitos.
A este respeito, explicou que as autoridades médicas foram inclusive obrigadas a utilizar os corredores e pátios para receber numerosos feridos por falta de espaço.
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