Samper, juntamente com o ex-presidente uruguaio José Mujica, liderou o lançamento do Dia da Integração dos Povos da América Latina e do Caribe na capital.
Queremos levantar nossa voz em protesto contra a nova ALCA que eles estão tentando nos impor, confundindo integração com a simples assinatura de acordos de livre comércio, disse Samper.
Ao contrário de outros que pensam que a integração é a assinatura de acordos de livre comércio, para nós não é a possibilidade de vender e comprar serviços e mercadorias ou a circulação de capital. Para nós, é o propósito coletivo de construir uma região, enfatizou Mujica.
O líder político uruguaio destacou que a batalha pela integração é uma luta por uma mudança cultural que vai além dos tempos atuais.
“Passamos dois séculos construindo nossa nacionalidade e essa é uma ferramenta não para atacar e enterrar nossa soberania, mas para poder sustentá-la, para nos defendermos no mundo que está chegando”, enfatizou.
Samper alertou que a democracia no continente “ainda está ameaçada” e que há poderes faccionais que não estão interessados em fazê-la funcionar. “Não podemos baixar a guarda. Temos que continuar defendendo a democracia e uma das maneiras é por meio da igualdade”.
O Dia Latino-Americano Caribenho de Integração dos Povos, em defesa da democracia e da soberania, foi convocado por movimentos populares, acadêmicos e intelectuais do continente. O evento será realizado na cidade brasileira de Foz do Iguaçu, de 7 a 9 de dezembro, na Tríplice Fronteira, que também é compartilhada pela Argentina e pelo Paraguai.
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