Em meio a este contexto eleitoral, ontem ocorreu um ataque ao Cartório do município de Gamarra, departamento de Cesar, onde um funcionário morreu e quatro pessoas ficaram feridas.
O facto ocorreu, segundo o Ministro do Interior, Luis Fernando Velasco, supostamente porque um grupo de cidadãos discordou da desqualificação de um candidato.
Afirmou que “os criminosos atiraram gasolina” naquela sede municipal que era vigiada pela polícia e depois incendiaram-na.
Velasco descreveu tais ações como inusitadas e preparadas e garantiu que identificou a pessoa que acendeu o fogo, enquanto investiga quem são os autores intelectuais.
Por sua vez, o presidente do país, Gustavo Petro, destacou que a sociedade colombiana tem a experiência histórica da paixão que as eleições e a política desencadeiam nas datas das urnas e da forma como essas paixões têm sido utilizadas para desencadear a violência.
Por isso são decretados os regulamentos da chamada “lei seca”, e por isso são proibidas as manifestações uma semana antes e outras medidas que buscam a tranquilidade e a prudência dos cidadãos, acrescentou.
Ele enfatizou, diante da desqualificação dos candidatos poucas horas antes das eleições, que “há prazos razoáveis para tomar decisões e cumprir a lei e a constituição”.
“Não tomar estas decisões em tempo útil e chegar ao ponto de desqualificar candidatos em vésperas de eleições, quando a tensão política está no máximo num município é intensificar essas paixões e desencadear a violência”, alertou.
Assegurou que todo o território nacional, ao contrário do que a oposição anunciou há algumas semanas, com governadores e responsáveis das forças políticas do governo anterior, está pronto para iniciar o dia eleitoral.
“Que o povo escolha livremente!”, exortou o primeiro presidente das forças alternativas da Colômbia em mais de 200 anos.
Para alguns analistas, o mapa político colombiano que resta após estas eleições definirá o processo de transformações promovido pelo governo Petro.
Se conquistar boa parte dos cargos em concurso este domingo, o chamado Governo da Mudança terá de acelerar o alcance e os impactos das políticas públicas estabelecidas no Plano de Desenvolvimento Nacional 2022-2026.
Este Plano é composto por cinco grandes transformações: Direito Humano à Alimentação, Ordenamento Territorial em torno da água, Segurança Humana, Economia Produtiva para a vida e o combate às alterações climáticas e Convergência Regional.
Um total de 35 forças políticas estão em disputa e mais de 120.000 militares do Exército Nacional vão garantir a segurança nas eleições regionais, no contexto do Plano Operacional de Campanha de Ayacucho.
jha/otf/hb