No final de uma reunião realizada ontem à noite, o comitê executivo da OLP apelou a um cessar-fogo imediato sob os auspícios internacionais e regionais e ao levantamento do cerco, para permitir a entrada de alimentos, medicamentos, água e combustível.
Ele também apelou a Israel para pôr fim à sua política de deslocamento forçado contra a população de Gaza.
A liderança da OLP saudou a unidade popular face à agressão, bem como as campanhas árabes e internacionais de solidariedade com os palestinos, observou a agência de notícias oficial Wafa.
A organização sublinhou que as causas do conflito são a ocupação, o colonialismo e a recusa do país vizinho em negociar para procurar um acordo de paz justo.
Reafirmou também a importância da OLP como único representante legítimo do povo palestino na sua luta pela liberdade e pelo estabelecimento de um Estado independente com Jerusalém Oriental como capital.
Abrindo a reunião, o presidente Mahmoud Abbas apelou à comunidade internacional para agir imediatamente para parar a “guerra de genocídio e os massacres cometidos” por Israel. Apelou também aos dirigentes dos Estados Árabes para que convoquem uma cúpula regional de emergência, a fim de pôr fim a esta agressão brutal contra o nosso povo, disse o presidente.
Abbas relatou todos os contatos internacionais que a liderança palestina manteve nos últimos dias para travar o confronto, mas, sublinhou, Israel respondeu com uma invasão terrestre contra aquele território e intensificou os bombardeamentos e assassinatos.
“A nossa causa atravessa circunstâncias muito delicadas e difíceis, uma vez que o nosso povo na Faixa de Gaza está sujeito a uma guerra de genocídio e massacres à vista de todo o mundo”, sublinhou.
O governante denunciou que até à data mais de 7.500 palestinos perderam a vida, a maioria deles mulheres e menores, e mais de 20 ficaram feridos.
“Para todos os que me ouvem, como pode ser tolerado o assassinato de mais de três mil crianças palestinianas? Como tolerar o bombardeio de hospitais? Como pode esta destruição brutal e punição coletiva de civis ser tolerada?”, perguntou ele.
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