Na semana passada, o Gabinete do Procurador-Geral solicitou ao tribunal que marcasse uma data e horário para a audiência, na qual, além de Carrera, haverá seis outros envolvidos.
Os supostos crimes do parente do presidente vieram à tona em janeiro deste ano, quando a mídia digital La Posta publicou uma série de áudios que implicavam ex-funcionários, funcionários públicos e pessoas próximas ao governo em um esquema de corrupção.
Os vazamentos implicaram o empresário, banqueiro e mentor de Lasso em um suposto esquema de corrupção em empresas públicas e também o vincularam ao tráfico de drogas, especificamente à máfia albanesa.
Carrera estava supostamente concorrendo a um cargo público com a colaboração de Rubén Cherres, que foi assassinado em 31 de março.
Após as revelações, o Ministério Público abriu uma investigação chamada Caso Encuentro, um nome usado como slogan para a administração Lasso, que imediatamente abandonou o nome “Governo de Encuentro”.
Em abril deste ano, Carrera foi detido pela polícia equatoriana quando tentava sair do país, embora mais tarde tenha sido autorizado a viajar.
A investigação de La Posta serviu de base para o processo de impeachment que a Assembleia Nacional (parlamento) iniciou contra Lasso pelo crime de peculato, ou seja, corrupção em empresas públicas durante seu mandato.
Ele mesmo interrompeu esse processo em maio, quando aplicou o mecanismo de “morte cruzada”, dissolvendo o legislativo, antecipando as eleições e antecipando sua saída do cargo.
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