O embaixador da ilha caribenha na terra do quetzal, Nazario Fernández, descreveu a data como um evento importante e pediu para dedicá-la ao seu principal arquiteto, o Comandante em Chefe da Revolução Fidel Castro.
“Foi ele quem tomou a decisão, naquele momento trágico da América Central, de enviar rapidamente um contingente de médicos para salvar vidas quando o furacão Mitch devastou a região”, lembrou ele em uma cerimônia emocionante organizada no departamento de Jutiapa, no leste do país.
Entre os presentes, ele destacou o colaborador camagüeyano Armando Rodríguez, especialista em Medicina Geral Integral, que fez parte do primeiro grupo que iniciou a cooperação aqui, e depois realizou missões na Venezuela, Seychelles, Brasil e retornou há dois anos e meio à Guatemala.
O representante diplomático de Cuba neste país destacou o amor ao próximo, o sentimento de dedicação que todos os profissionais de jaleco branco praticam diariamente.
A ilha também se beneficia da solidariedade do povo da Guatemala, disse Fernández, para quem os médicos crescem com a nobreza dessa nação irmã, com o contato com seu povo humilde, amigável e agradecido, observou.
Diante das brigadas de Jutiapa e Jalapa, das autoridades de saúde locais e dos graduados guatemaltecos da Escola Latino-Americana de Medicina de Havana, a coordenadora geral Mariheta Cutiño detalhou os marcos da colaboração.
Os 440 profissionais estão localizados em 16 dos 22 departamentos, 107 municípios de um total de 340, em 16 hospitais, 12 centros de atendimento integral materno-infantil, 94 postos, 47 centros, 12 áreas de saúde, 33 unidades de atendimento permanente e quatro centros oftalmológicos, descreveu ela.
“Estamos aqui, e também presentes hoje em outros 59 estados, porque fomos treinados no princípio da solidariedade, que está em nossa ética, em nosso comportamento”, disse Cutiño.
Ela agradeceu à Guatemala por ter estado com Cuba durante esses 25 anos, por ter nos permitido fazer parte das equipes de trabalho, de suas famílias e pelo que nos ensinaram, enfatizou.
Reafirmou o compromisso moral de continuar contribuindo para a saúde dos povos do mundo e, obviamente, do povo da Guatemala.
Ela também agradeceu a todos e pediu que a solidariedade entre Cuba e Guatemala continue viva.
De Baja Verapaz ou Santa Rosa, Escuintla, Cobán, Nebaj, Totonicapán, San Marcos, a distante e selvagem Petén, destacam-se as mensagens nas redes sociais alusivas ao aniversário.
Membros da missão Milagro no município capital de Villa Nueva, que reforçaram a Brigada Médica Cubana em 2006, colocaram uma coroa de flores em frente ao monumento a José Martí, na avenida Las Américas, localizada no centro da cidade.
A passagem devastadora do furacão Mitch pela América Central em 5 de novembro trouxe de volta os precursores dessa história de cooperação altruísta e humanista entre dois povos irmãos.
mem/znc/mb
