“A fronteira com o Egito foi fechada novamente. A passagem entre os países fica aberta apenas algumas horas por dia e eles dão prioridade ao fluxo aos feridos. Foi o que aconteceu hoje”, disse o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Governo, Paulo Pimenta.
Reforçou que o presidente Luiz Inácio Laula da Silva e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, “continuam ativos em ligações telefônicas com autoridades do Egito, da Palestina e de Israel e continuamos atentos, dando total apoio ao grupo, que é hospedado por uma equipe do nosso governo.
Perante a imprensa, Vieira garantiu esta sexta-feira que o seu ministério continua com os esforços para repatriar 34 cidadãos de Gaza, onde aguardam há semanas a passagem para o Egito.
Reconheceu que o repatriamento não foi possível na véspera nem esta sexta-feira, mas poderá ocorrer este fim de semana.
Ele explicou que a abertura da fronteira para a evacuação de civis depende de múltiplos fatores e inúmeras questões, que são negociadas tanto pelo Brasil como por outros países com Israel e Egito.
Os estrangeiros civis que querem sair de Gaza, devido ao conflito de Israel com o braço militar do movimento palestino Hamas, estão concentrados no sul da Faixa, na passagem de Rafah, única saída e fronteira viável com o Egito.
A passagem não está aberta a todos. Uma lista foi elaborada pelas autoridades da região desde 1º de novembro para determinar quem pode sair e em que dia.
Até o momento, o grupo de brasileiros (34 pessoas) não recebeu autorização.
Dos 34, 18 estão numa casa alugada pelo Executivo brasileiro em Rafah e os restantes divididos em quatro apartamentos em Khan Yunis, a 10 quilômetros da fronteira com o Egito.
As duas regiões sofrem com os constantes bombardeios de Israel e há medo na diplomacia brasileira de que compatriotas morram na guerra.
O Brasil defende o cessar-fogo na área, contrariando o desejo de Israel de manter os ataques ao povo palestino, sob a justificativa de que está caçando o Hamas na Faixa de Gaza.
O Governo repatriou até agora cerca de 1.400 brasileiros, a maioria de Israel, e outro grupo da Cisjordânia.
Mais de 10.800 palestinos foram mortos em Gaza desde 7 de outubro, quando começou a última disputa beligerante entre o Hamas e Israel. Entre os israelenses, as perdas humanas ultrapassam 1.400.
mgt/ocs/ls