No painel O legado do G20 (Grupo dos 20) da Índia: crescimento inclusivo e ascensão do Sul Global, o diplomata cubano garantiu que a defesa do desenvolvimento equitativo e inclusivo para estas nações é uma máxima para a ilha e destacou a importância internacional a colaboração médica da nação caribenha entre suas principais expressões.
Convidado para o encontro como representante de Cuba, o presidente do Grupo dos 77 (G77) e da China, Simancas destacou que este bloco, formado por 135 países, é em si uma representação dos povos do Sul.
A sua reunião de alto nível realizada nos dias 15 e 16 de setembro em Havana, apenas uma semana após a Cimeira do G20 na Índia, mostrou a necessidade de um intercâmbio permanente com essas nações, disse ele a diplomatas da Índia, África do Sul, Eritreia e estudantes da Escola de Estudos Internacionais, Universidade Jawaharlal Nehru.
Simancas sublinhou que os mais de 1.300 participantes de 116 países, incluindo 31 chefes de Estado e de Governo e 12 vice-presidentes, debateram na capital cubana os desafios enfrentados pelos países do sul e defenderam ações concretas contra as consequências injusta da ordem econômica internacional atual.
Expressaram as suas preocupações sobre os efeitos negativos da crise multidimensional global, o aumento da pobreza, da fome e da inflação, bem como a frequência de desastres climáticos com maior impacto nos Estados insulares, como Cuba, por exemplo, lembrou.
Observou-se que a declaração da Cimeira de Havana reflete a importância de um maior impulso à cooperação Sul-Sul e enfatizou a necessidade de uma reforma urgente da arquitetura financeira internacional para alcançar o acesso equitativo aos recursos necessários de acordo com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
Entre os seus resultados, mencionou o pedido à presidência da Assembleia Geral das Nações Unidas para uma convocação para a realização de uma reunião de alto nível sobre Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento em 2025.
O diplomata cubano destacou a forte condenação no conclave de Havana às medidas coercitivas unilaterais, contrárias ao Direito Internacional e à Carta das Nações Unidas, que são aplicadas contra vários membros do grupo.
Neste sentido, aproveitou a oportunidade para agradecer à Índia e aos representantes das nações no painel pelo voto que a maioria da comunidade internacional deu pela 31ª vez contra o bloqueio econômico, comercial e financeiro dos Estados Unidos contra o povo Cubano.
O embaixador cubano sublinhou que apenas os Estados Unidos e Israel estão contra a exigência internacional pelo fim desta guerra econômica de mais de 60 anos contra a nação caribenha, reforçada desde 2019 e que só de 1 de março de 2022 a 28 de março de 2023 foi perdas de custos avaliadas em 4,867 bilhões de dólares.
O painel contou ainda com intervenções dos representantes diplomáticos da África do Sul, que assume a presidência do G20 em 2025 depois do Brasil; da Eritreia, e o coordenador dos Sherpas do G20 da Índia, Amitabh Khan.
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