Um comunicado divulgado na véspera por aquela organização indica que, após três dias de diálogo com cidadãos, comunidades, deputados e funcionários do Executivo hondurenho em permanente resistência e contra as chamadas zonas de emprego e desenvolvimento econômico (ZEDE), estes privatizam soberania nacional.
Acrescentou que tais efeitos são semelhantes aos do golpe de Estado de 2009, que privou o povo hondurenho dos seus direitos à autodeterminação e causou 12 anos e sete meses de destruição à segurança, prosperidade e soberania do país.
Ele destacou o excepcional escândalo de corrupção pública e privada dos Zedes, chamando-o de “abuso autoritário dos direitos mais sagrados do povo hondurenho pelos sórdidos e mesquinhos interesses piratas de empresas estrangeiras”.
Afirmou que o verdadeiro nome do ZEDE é “novo colonialismo corporativo” e representa uma violação da soberania hondurenha e dos direitos sociais, econômicos e ambientais dos seus cidadãos.
Segundo a delegação internacional de diplomatas, parlamentares, analistas e especialistas que trabalharam na capital hondurenha no último fim de semana, os Zedes constituem uma ameaça não só para o país centro-americano, mas para todos os povos da América Latina e do Caribe.
Neste sentido, concordaram em construir o movimento internacional de resistência para Honduras e convocar aliados de todo o mundo para contribuir na luta atual pela refundação democrática do país dos pinheiros.
Da mesma forma, concordaram em acompanhar Honduras na presidência pro tempore da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos que assumirá no próximo ano, entre outras ações.
O projeto Zedes foi aprovado aqui em 2013, e em junho de 2021 recebeu o aval do Supremo Tribunal de Justiça.
Em abril do ano passado, o Congresso Nacional de Honduras revogou a lei sobre a criação destas zonas, após forte pressão social e política.
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