O Ministro das Relações Exteriores de Cuba apresentou na sede das Nações Unidas em Genebra o relatório da nação antilhana no quarto ciclo da Revisão Periódica Universal (RPU) do Conselho de Direitos Humanos, onde condenou a intensificação da agressividade de Washington e seu impacto na todas as áreas da sociedade.
“Desde a Revisão anterior, o bloqueio intensificou-se significativamente com a aplicação de mais de 240 medidas coercivas unilaterais adicionais e a inclusão fraudulenta de Cuba na lista espúria de países que patrocinam o terrorismo preparada pelo Departamento de Estado dos EUA”, criticou.
Nesse sentido, especificou que de abril de 2018 a fevereiro de 2023, a vedação causou danos estimados, conservadoramente, na ordem de 24,7 mil milhões de dólares.
Segundo Rodríguez, o caráter desumano do bloqueio foi revelado mais uma vez durante a pandemia de Covid-19, em que as sanções contra a ilha, ao contrário das restantes, foram deliberadamente reforçadas a níveis extremos.
Cuba foi impedida de adquirir ventiladores pulmonares a subsidiárias de empresas norte-americanas; e partes, peças e insumos para a produção industrial de vacinas cubanas eficazes; A aquisição de oxigénio medicinal em terceiros países foi dificultada e foi demonstrada a exigência de uma licença específica para o fazer por parte dos Estados Unidos, repudiou.
A chanceler da maior das Antilhas recordou no Conselho dos Direitos Humanos que há apenas 13 dias a Assembleia Geral da ONU exigiu pela trigésima primeira vez desde 1992 – através de uma resolução adoptada por 187 países – a cessação de uma política que provoca diretamente e danos indiretos; sofrimento, privação e ansiedade às famílias cubanas.
Além da guerra económica, Cuba foi e é vítima de sustentadas campanhas mediáticas e de comunicação, destinadas a projetar uma imagem absolutamente falsa em relação aos direitos humanos, para subverter a ordem constitucional da nação, afirmou.
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