Durante o evento realizado de 14 a 17 de novembro nas Maurícias, a delegação local especificou que 95 porcento dos seus bens e mercadorias são transportados por via marítima, daí a importância de garantir a segurança do Mar Vermelho, do Oceano Índico e do Estreito de Mandeb, revelou o Ministério das Relações Exteriores.
Tendo em conta o crescente interesse geopolítico e geoeconómico no domínio marítimo e como ator constante na luta contra o terrorismo, Adis Abeba desenvolveu recentemente uma Estratégia Nacional de Desenvolvimento e Economia Azul abrangente e inovadora.
Este último, adiantou a fonte, é elaborado em linha com a Estratégia da Economia Azul da Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento (IGAD). O país também mantém orgulhosamente o seu estatuto de signatário da Carta Africana do Transporte Marítimo.
A publicação recordou que o desenvolvimento desta estratégia é parte integrante da Agenda 2063 da União Africana e foi declarada por unanimidade “o futuro de África”.
Durante a reunião, a Etiópia expressou a sua gratidão ao governo das Maurícias e à Comissão do Oceano Índico pelo seu convite para a reunião, que lhe proporcionou uma oportunidade sem precedentes para abordar as preocupações dos países com ligação à terra na busca da prosperidade africana. Estratégia Marítima 2050.
A terceira edição da conferência foi dedicada a garantir que todas as nações tenham uma parte justa dos benefícios derivados de um oceano mais seguro e protegido, livre de pirataria e terrorismo, de armas ilícitas e de tráfico de drogas, de poluição marítima e de tráfico de vida selvagem.
Reconheceu o interesse crescente demonstrado pelos países ligados por terra no continente, como a Etiópia, em participar activamente na segurança marítima, abrindo novas oportunidades para colmatar as lacunas de conhecimento existentes, reforçar os seus quadros políticos, jurídicos e institucionais, bem como promover uma maior cooperação.
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