Uma fonte médica do complexo explicou à estação de televisão catariana Al Jazeera que os militares ordenaram que abandonassem o local pela Avenida al-Rashid, que vai de norte a sul do enclave costeiro.
Os médicos consideraram que é uma decisão impossível de implementar porque não têm ambulâncias em funcionamento para levar um grande número de pacientes para a zona sul da Faixa.
O Exército não forneceu qualquer outra solução ou meio de transporte ou combustível para ambulâncias transportarem feridos e doentes, informou o meio de comunicação.
A Al Jazeera lembrou que os pacientes do Hospital al-Quds, que sofreram o mesmo destino, foram evacuados em camas hospitalares e empurrados pelas ruas a sul do enclave.
No entanto, acrescentou, em Al-Shifa a situação é um pouco diferente porque há muito mais pacientes, até 300, e a maioria está em estado crítico e não pode fazer a viagem em camas, sublinhou.
Apoiados por tanques e veículos blindados, os militares israelitas sitiam o complexo de saúde há dias, chegando mesmo a invadi-lo em pelo menos duas ocasiões.
Os policiais uniformizados realizaram operações de busca nos quartos e também interrogaram médicos e profissionais de saúde individualmente.
Israel afirma que a sede do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) está escondida debaixo do edifício, o que foi repetidamente negado por organizações não governamentais, agências da ONU e pelos palestinianos.
A maior parte dos hospitais de Gaza deixaram de funcionar devido aos danos causados pelos bombardeamentos ou à falta de combustível causada pelo bloqueio total imposto por aquele país.
rgh/rob/ml