De acordo com o sexto inquérito nacional sobre o assunto, isto representa uma diminuição de 14 porcento da população seropositiva em 2017 para 12,7 em 2022.
Apesar do progresso modesto na luta contra o VIH/SIDA, a África do Sul continua a ser a nação mais afectada a nível mundial.
Entre os factores que contribuem para a variação da prevalência do VIH no país estão, segundo Khangelani Zuma, executivo da Divisão de Saúde Pública do HSRC, menos pessoas infectadas pelo VIH, mais crianças nascidas sem o vírus, mortalidade relacionada com a SIDA e pessoas que envelhecem e morrem de causas naturais.
Como particularidade na África do Sul, acrescentou, a curva epidémica também mostra um envelhecimento da população de pessoas que vivem com VIH e mais à medida que o nível endémico se estabiliza.
O inquérito também revelou que entre as pessoas com 15 anos ou mais que viviam com VIH na África do Sul em 2022, 90 porcento conheciam o seu estado, 91 porcento daqueles que sabiam o seu estado estavam a receber tratamentos anti-retrovirais e 94 porcento deles tinham supressão viral.
Esse parâmetro, observou o HSRC, era de 83 porcento entre as mulheres em comparação com os homens, que atingiram 79 porcento, e os adultos mais jovens (com idades entre 15 e 24 anos), que atingiram apenas 70 porcento.
A percentagem mais baixa de supressão da carga viral, de 66 porcento, ocorreu entre homens com idades entre os 25 e os 34 anos.
Os avanços, segundo especialistas, são atribuídos à mudança nas diretrizes assistenciais em 2016, que prevê que o tratamento do HIV seja administrado imediatamente a todas as pessoas que dele necessitem, independentemente do seu estado clínico.
Contudo, o inquérito encontrou grandes diferenças na prevalência do VIH nas diferentes províncias.
Assim, o parâmetro estava localizado em oito por cento no sul do Cabo Ocidental, até 22 por cento no sudeste de KwaZulu-Natal.
De acordo com o relatório, a prevalência do VIH é de 20 porcento entre as mulheres, em comparação com 12 porcento entre os homens.
Para Zuma, o facto de as diferenças mais pronunciadas terem sido observadas entre as populações mais jovens, esta situação exige intervenções de saúde específicas.
O inquérito nacional, que celebra o seu 20º aniversário, foi inicialmente encomendado e financiado pelo antigo Presidente Nelson Mandela através da sua Fundação em 2001.
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