Em entrevista à France Inter, ele estava reagindo às recentes marchas de organizações de extrema direita após o assassinato de Thomas, de 16 anos, em Romans-sur-Isère, uma tragédia atribuída por membros desse setor ao “ódio antibranco”.
No dia anterior, cem pessoas marcharam pelas ruas da cidade de Lyon, uma das principais cidades do país, mascaradas e com faixas dizendo “imigração mata” e gritos de “Islã fora da Europa” e “para Thomas”, uma mobilização ilegal que terminou com pelo menos oito prisões, de acordo com relatos da mídia.
De acordo com Darmanin, as autoridades não permitirão tentativas de substituir o Estado e suas instituições, em especial aquelas responsáveis pela justiça e pela lei e ordem.
Também destacou que, nos últimos anos, propôs a dissolução de 40 grupos de extrema direita e que 1.300 pessoas foram registradas como membros.
O ministro disse que 13 ataques de extremistas de direita foram frustrados na França desde 2017, o que ele comparou com os 40 atos islâmicos impedidos em solo francês.
Líderes de esquerda, como o secretário nacional do Partido Comunista, Fabien Roussel, e a principal figura do La France Insoumise, Jean-Luc Mélenchon, repudiaram ontem as marchas de extrema direita.
Roussel denunciou que esse setor pretende colocar o país no caminho da guerra civil, enquanto Mélenchon acusou os estímulos político-midiáticos de incentivar e reabilitar a extrema direita.
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