A data, instituída em 1977, evidencia a necessidade de cumprimento da chamada “resolução de partição”, aprovada 30 anos antes pela ONU.

O instrumento estipulava a criação de um “Estado judeu” e de um “Estado árabe” na Palestina, com Jerusalém como corpus separatum sujeito a um regime internacional especial.

Apesar das décadas que se passaram, dos dois Estados previstos na referida resolução, apenas um foi criado até agora: Israel.

Portanto, esta data global oferece a oportunidade para a comunidade internacional concentrar a sua atenção na solução da questão da Palestina.

Com este objetivo, em 1975 a ONU criou o Comitê para o Exercício dos Direitos Inalienáveis do Povo Palestino, com o mandato de assessorar a Assembleia sobre programas destinados ao exercício dos direitos daquela população.

Na opinião da organização, isto inclui garantias como a autodeterminação sem interferência externa, a independência e soberania nacional, e o regresso às suas casas e propriedades, de onde os palestinos foram expulsos.

Ao longo dos anos, também foi criada uma rede de mais de mil organizações da sociedade civil de todas as regiões do mundo que realizam atividades sobre a questão da Palestina.

No entanto, a solução mais urgente não está à vista enquanto os civis palestinos enfrentam uma das piores crises humanitárias em décadas e os números do conflito apenas batem recordes.

A comemoração do Dia Internacional da Solidariedade com o Povo Palestino acontecerá em 2023 na sede e nos escritórios das Nações Unidas em todo o mundo.

Na sede em Nova York, será realizada uma reunião especial na qual os países poderão expressar sua solidariedade por meio de mensagens dos Chefes de Estado e de Governo.

Enquanto isso, o Conselho de Segurança discutirá a situação nos territórios ocupados em outra reunião com a participação de altos representantes dos países árabes.

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