A pesquisa, realizada pela empresa Data Influye, indica ainda que 27 em cada 100 entrevistados apoiariam o texto e 87 por cento afirmaram estar bem informados sobre a proposta da Carta Magna, redigida pela direita e extrema-direita.
A menos de duas semanas e meia da consulta, a direita e os setores economicamente poderosos intensificam a sua campanha em busca de uma vitória para a opção de aprovação.
Do lado oposto, organizações feministas e humanitárias e partidos políticos de esquerda e progressistas apontam que a nova lei fundamental significa um retrocesso em vários direitos já alcançados pela sociedade chilena.
Estas incluem o direito à greve, a negociação colectiva de trabalho e o papel dos sindicatos na defesa das garantias dos trabalhadores.
A interrupção voluntária da gravidez também estaria ameaçada por três motivos, isto é, se for resultado de estupro, inviabilidade fetal ou risco à vida da mãe.
O projecto inclui também a eliminação dos impostos sobre a propriedade residencial, o que favorece especialmente os sectores mais ricos, que devem pagar mais.
Os proprietários de bairros populares ou comunas de média ou baixa capacidade estão normalmente isentos destas contribuições.
O texto, elaborado pelo Conselho Constitucional, onde a extrema-direita e os partidos conservadores tiveram maioria absoluta, privilegia a privatização da saúde e da educação e eleva as sociedades gestoras de fundos de pensões à categoria constitucional.
A pesquisa Data Influye foi realizada entre os dias 23 e 27 de novembro entre 1.170 pessoas maiores de idade que vivem em todas as regiões do Chile.
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