Numa visita à cidade portuária de Chimbote, no norte do país, o presidente respondeu assim a uma pergunta da imprensa sobre se Benavides deveria renunciar, uma vez que os procuradores a consideram chefe de uma organização criminosa dedicada ao tráfico de influências.

Dada a gravidade da acusação, numa mensagem de vídeo o responsável acusado tentou desacreditar a acusação e anunciou uma queixa contra Boluarte, o seu primeiro-ministro, Alberto Otárola, e os seus três ex-ministros do Interior, por mortes durante protestos sociais.

A presidente respondeu em outra mensagem que a denúncia forçada tem como objetivo desviar a opinião pública da acusação que enfrenta, critério compartilhado até mesmo por adversários de esquerda do presidente que a consideram responsável pelas mortes.

A chefe de Estado absteve-se de fazer mais comentários, entre múltiplas exigências para que a procuradora renunciasse ou fosse destituída, após a detenção dos seus três assessores que, segundo a investigação, geriram indevidamente os votos dos parlamentares a favor de decisões aptas à permanência de Benavides em escritório.

Esses arranjos indevidos, segundo os promotores, incluíram trocas de votos para o ajuizamento de investigações do Ministério Público contra legisladores por suposta corrupção ou outras causas.

Parlamentares de diversas tendências também acreditaram que Benavides deveria renunciar ou pelo menos pedir licença enquanto ela é investigada, mas ela recusa categoricamente.

Enquanto prosseguem as investigações, o Conselho Nacional de Justiça, que nomeia e destitui juízes e procuradores, abriu um processo disciplinar contra Benavides que poderá levar à sua suspensão.

A Comissão de Fiscalização do Congresso também a convocou para amanhã, para informar sobre a acusação de que ela chefia uma rede criminosa.

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