A consultoria apreciou que o Uruguai não escapará da desaceleração econômica global e dos impactos gerados pela guerra entre a Ucrânia e a Rússia e pelo conflito entre Israel e o Hamas.
Mas também existem problemas específicos do país que dificultam o desenvolvimento da economia, entre eles o déficit fiscal e a falta de eficiência na despesa, segundo o relatório.
O diretor da Ceres, Ignacio Munyo, expressou preocupação com o déficit fiscal, que se situava em 4,4 por cento em setembro.
Ao mesmo tempo, acrescentou, aumentou a dívida pública, que representa hoje 68,2 por cento do Produto Interno Bruto, o valor mais elevado dos últimos quatro anos.
Munyo referiu-se ao aumento da pobreza, que atinge 9,9 por cento da população, segundo a publicação Caras y Caretas.
O economista disse que as estatísticas oficiais reconhecem 353 mil pessoas abaixo da linha da pobreza, embora tenha indicado que esta condição é partilhada por milhares de outros cidadãos.
Salientou que 200 mil pessoas vivem em assentamentos precários e alertou que o próximo governo que tomar posse em 2025 “não terá espaço para aumentar gastos ou impostos e terá que melhorar substancialmente a eficácia do Estado”.
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