Em declarações à imprensa angolana após as conversações, realizadas na véspera na Casa Branca, o chefe de Estado da nação africana manifestou satisfação e afirmou que as relações entre os dois países estão a um nível muito elevado.
Angola e o continente africano ganham, disse Lourenço citado pela Agência Angolana de Imprensa.
Durante o diálogo na Sala Oval, o presidente de Angola afirmou que está aberto à cooperação com Washington em diversas áreas, nomeadamente na agricultura.
Ele manifestou interesse em desenvolver parcerias estratégicas em outros setores, como energia, transportes e exploração espacial.
Lourenço felicitou ainda Biden por considerar que é o primeiro líder americano a mudar o paradigma da cooperação com África, promessa que fez na Cimeira Estados Unidos-África de 2022.
Acrescentou que o envolvimento dos EUA no Corredor do Lobito e outros projectos nos sectores das telecomunicações e das energias limpas são a materialização comprovada desse compromisso.
Biden, por seu lado, declarou que “em África, para os Estados Unidos da América, não há país mais importante que Angola”.
A nação africana é atualmente o terceiro parceiro comercial dos Estados Unidos na África Subsaariana, onde o petróleo ocupa um dos principais lugares nessa relação.
Contudo, a cooperação bilateral tem aumentado nos últimos anos, com o início de projectos relativos a fontes de energia renováveis, destacando-se a aprovação de financiamento de 900 milhões de dólares para acções da empresa americana Sun Africa.
A empresa norte-americana Acro Briz, que vai construir pontes metálicas nas 18 províncias do país, também beneficiou da libertação de 363 milhões de dólares, enquanto o Governo dos Estados Unidos prevê investir 250 milhões de dólares no Corredor do Lobito (Benguela).
Além disso, está em curso um investimento dos EUA de cerca de 7,5 milhões de dólares no Delta do Okavango e foi recentemente rubricado um memorando de entendimento sobre questões de segurança marítima.
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