Numa entrevista exclusiva concedida pelo diplomata à rede persa de língua espanhola Hispantv, sublinhou que ambos os Estados partilham ideais anti-imperialistas e estão sujeitos a sanções e bloqueios impostos por terceiros países ocidentais.
O Irã e Cuba partilham vários cenários multilaterais, explicou Casals, entre os quais destacou o Grupo dos 77 e a China, e o Movimento dos Não-Alinhados, de onde se reúnem para projetar ações para a paz global e uma nova ordem internacional.
O diplomata anunciou que na próxima semana o presidente da maior das Antilhas, Miguel Díaz-Canel, liderando uma delegação política e económica de alto nível, chegará a Teerão a convite do seu homólogo iraniano, Seyed Ebrahim Raisi.
Casals reiterou que a presença desta delegação indica as boas relações entre os dois países e manifestou o desejo de que os laços políticos e económicos se expandam ainda mais durante esta viagem.
Em junho deste ano, Díaz-Canel recebeu Raisi em Havana, último destino de uma viagem latino-americana, altura em que altos responsáveis iranianos e cubanos assinaram seis documentos de cooperação.
Os acordos abrangiam um programa abrangente de cooperação, um pacto no domínio aduaneiro e no sector da informatização e comunicações.
Ambos os países são alvo das sanções de Washington e mantêm laços de amizade que duram quase 44 anos, desde 8 de agosto de 1979, e pretendem atualmente elevar os seus laços económicos ao mesmo nível das suas relações diplomáticas.
Durante as últimas quatro décadas, o Irã e Cuba assinaram e consolidaram acordos e intercâmbios em áreas como a transferência de produtos biotecnológicos, a nanotecnologia, a indústria farmacêutica e a segurança alimentar.
Os dois países também têm em comum o espírito de solidariedade com vários povos do mundo como a Palestina, e como explicou o embaixador cubano, a partir de espaços multilaterais comuns trabalharão para forçar um cessar-fogo em Gaza e o fim do genocídio de Israel contra a Palestina.
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