Segundo o porta-voz do Ministério da Saúde no enclave, Ashraf al-Qudra, a entidade israelita comete novos massacres imediatamente após o fim da trégua, o que já deixa mais mártires e feridos.
Para o responsável, a cessação temporária não ajudou o sistema de saúde e enfatizou a urgência de garantir o fluxo de material médico e combustível para os hospitais.
Aliás, ele observou que 14 palestinos morreram nos massacres da ocupação israelense duas horas após o fim da trégua.
Fontes da mídia local relataram que o fotojornalista da TV Al-Aqsa, Abdullah Darwish, foi martirizado em incursões israelenses na Faixa.
Com a morte de Darwish, há agora 71 profissionais de comunicação que morreram em consequência da agressão israelita em Gaza desde 7 de Outubro.
Segundo a agência Wafa, a artilharia israelita disparou bombas contra casas de cidadãos no oeste de Gaza e teve como alvo o bairro de Sheikh Radwan.
Por seu lado, o canal pan-árabe Al Mayadeen afirmou que aviões israelitas bombardearam uma residência na zona de Abu Iskandar, no noroeste de Gaza, e também atacaram a rua Lababidi e a rotunda de Abu Olba.
No sul da Faixa, os bombardeios atingiram a cidade de Hamad e Abassan, a leste de Khan Younis, informou.
Vários feridos foram levados para o Hospital Europeu em Gaza após os ataques israelenses a Khan Younis e o ataque às áreas orientais de Khuzaa, Al-Qarara e aos edifícios residenciais em Rafah, no sul.
Também realizou incursões perto do hospital kuwaitiano em Rafah, da mesquita Taqwa no bairro de Sheikh Radwan e projéteis de artilharia atingiram o telhado do hospital Kamal Adwan, no norte da Faixa.
Perante este cenário, o Gabinete de Informação do Governo em Gaza responsabilizou a comunidade internacional, especialmente os Estados Unidos, pelos crimes da ocupação, depois de lhe ter dado luz verde para continuar a guerra sem ter em conta as leis internacionais e humanitárias.
Neste sentido, reafirmou que o povo palestino tem o direito de se defender por todos os meios e de alcançar a sua liberdade e independência.
A trégua alcançada com a mediação do Catar e do Egito entrou em vigor em 24 de novembro e teve duração de quatro dias, prorrogada duas vezes até a madrugada desta sexta-feira.
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