Através de comunicado divulgado nesta capital, o Itamaraty rejeitou a aplicação de procedimentos pré-julgamento e pedidos de levantamento de imunidades, por meios judiciais e políticos, contra magistrados do Tribunal Supremo Eleitoral do país centro-americano.
Na véspera, o Congresso da República da Guatemala aprovou por maioria a eliminação da imunidade de Irma Palencia, Gabriel Aguilera, Rafael Rojas e Mynor Franco, por supostas irregularidades na aquisição de programas de computador.
Esta sexta-feira, as autoridades migratórias daquela nação confirmaram que três deles, Aguilera, Rojas e Franco, abandonaram o território, sem especificar o destino.
Desta forma, faltando quase um mês e meio para a posse de Bernardo Arévalo e Karin Herrera, presidente e vice-presidente eleitos, respectivamente, foi desmembrada a autoridade máxima em matéria eleitoral.
O governo do Chile reiterou o seu apelo às autoridades guatemaltecas para que ponham fim a estes atos de intimidação contra os juízes e permitam o desenvolvimento normal do processo de acordo com as normas constitucionais.
Será no dia 14 de janeiro de 2024 quando Arévalo e Herrera tomarão posse, embora o Ministério Público, com o aval do Executivo e do Congresso da Guatemala, mantenha uma campanha para evitar que isso aconteça.
Isto provocou grandes manifestações de repúdio no país e condenação por parte da comunidade internacional.
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