O presidente da Assembleia Nacional (Parlamento) da Nicarágua, Gustavo Porras, em reunião na véspera com o vice-ministro do departamento internacional do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCCh), Li Mingxiang, reiterou a decisão absoluta deste país para defender o princípio de uma só China.
No encontro, Laureano Ortega, assessor presidencial e representante especial do secretário-geral da Frente Sandinista de Libertação Nacional, destacou a importância de ambos os parlamentos para a defesa dos modelos e direitos dos povos chinês e nicaraguense.
Acrescentou que desta forma se estabelecem as bases e os quadros jurídicos da cooperação, o que se comprovou durante os dois anos de restabelecimento das relações diplomáticas entre Beijing e Manágua.
“Há grande atenção e prioridade para aprovar urgentemente todos os assuntos relacionados com a cooperação bilateral com a China, a nossa Assembleia Nacional é o nosso principal bastião de defesa dos direitos dos cidadãos nicaraguenses”, disse.
Ortega lembrou como após o retorno ao poder do Executivo Sandinista em 2007, os direitos foram devolvidos ao povo, retirados durante os governos neoliberais mandatados pelos Estados Unidos.
Mencionou os resultados econômicos alcançados este ano e agradeceu as demonstrações de solidariedade e cooperação fraterna sem condições que a China oferece à Nicarágua.
“Estamos convencidos de que a nossa relação tem que ser mutuamente benéfica, não pode basear-se numa cooperação a fundo perdido, deve também ser direcionada para o comércio, para os investimentos e para que as empresas chinesas também beneficiem de toda esta cooperação”, expressou.
Aludiu à gestão séria e responsável das instituições do país no que diz respeito à economia, à macroeconomia e à microeconomia, o que proporciona melhores condições para trabalhar com vista à entrada em vigor, em Janeiro, do Acordo de Comércio Livre que impulsionará a atividade econômica da Nicarágua e promover o investimento chinês.
Por sua vez, o líder do PCCh, Li Mingxiang, afirmou que as ligações entre os dois países e o governo não devem centrar-se apenas na esfera política entre os dois partidos, mas também devem ser amplas em setores como os legislativo e econômico.
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