O documento, denominado LatAm Perspectives 2024, e apresentado esta terça-feira em Londres, analisa a situação política, económica, social e ambiental da região, algo relegada nas prioridades do Reino Unido.
Tal relatório da Canning House (conhecida como A Casa da América Latina na capital britânica) aponta para elementos substanciais relativos às relações comerciais britânicas.
O CEO desse centro, Jeremy Browne, reconheceu que este país – e as potências ocidentais em geral – deveriam fazer mais para aumentar a sua presença na América Latina, onde a China passou de um comércio bilateral de 12,5 mil milhões de dólares em 2000 para 450 mil milhões em 2021.
Embora o relatório admita que os países latino-americanos ainda enfrentam desafios nas suas democracias e na estabilidade social, também destaca o seu potencial para desempenhar um papel comercial fundamental na transição para as energias renováveis e na luta contra as alterações climáticas.
Segundo o relatório, estima-se que a região detenha mais de metade das reservas mundiais de lítio, cerca de 40% de cobre e prata e um quarto de níquel.
Por outro lado, é o maior exportador líquido de alimentos do planeta – estima-se que representará 18 por cento de todas as exportações de alimentos em 2031 – e uma fonte de importante produção adicional de petróleo e gás.
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