A mobilização incluirá uma marcha até ao Congresso, manifestações e fechamento de estradas em todo o país para exigir que os legisladores se abstenham de aprovar a nova entidade, dotada de “superpoderes” sobre os fundos do Instituto de Segurança Social (IPS), que administra a segurança social dos cidadãos no país, publicou a ABC TV.

Os protestos vão exigir que a Câmara ouça os trabalhadores antes de tomar uma decisão sobre a nova iniciativa legal proposta pelo Poder Executivo, disse Maria Estela Silva, presidente da Confederação da Classe Trabalhadora, à estação televisiva.

Os atos de protesto serão em nível nacional – esclareceu o dirigente operário – mas a manifestação capital na Praça Uruguaia desta quarta-feira às 08h00 (hora local) será o principal ponto de concentração, enquanto os trabalhadores organizados nas capitais departamentais realizarão fora os fechamentos de rotas e outras atividades.

“A nossa expectativa é boa, se os parlamentares ouvirem e compreenderem o que implicaria a aprovação deste projeto. Assiná-lo seria algo lamentável para o Governo e para todo o país porque aprofundaria a crise atual”, advertiu o presidente da confederação da classe operaria.

“Apelamos a que tomem consciência da gravidade de uma questão tão sensível como a dos fundos de pensões”, disse o dirigente sindical ao dirigir-se “aos parlamentares que têm dúvidas sobre o seu voto neste projeto de lei”.

A autoridade sindical explicou que as organizações de reformados e de trabalhadores “analisaram ponto a ponto os artigos do projeto de lei, o que realmente viola toda a autonomia dos fundos e constitui um abuso. Temos de abrir o debate a nível nacional sobre uma questão tão sensível”, sublinhou.”

Os manifestantes marcharão do centro da capital até à sede do Congresso Nacional, explicaram representantes das organizações sindicais e de reformados que gerem a mobilização, reunidos esta terça-feira na sede do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Nacional de Eletricidade.

Segundo a imprensa, a reação destes setores contra os poderes que a Superintendência de Pensões teria sobre o Instituto da Segurança Social responde ao fato de esta última entidade ser responsável pela administração da segurança social.

O IPS, segundo o Decreto-Lei 1.860, de 1º de dezembro de 1960, que o criou, protege a saúde dos trabalhadores assalariados, considerando que “é função do Estado assegurar ao cidadão os meios para protegê-lo dos perigos da vida”. no que diz respeito a doença, maternidade, invalidez, acidentes de trabalho e outros”.

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