Santiago de Cuba, 7 dez (Prensa Latina) Um intercâmbio sobre o patrimônio cultural cafeeiro entre especialistas do Haiti, Cuba e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) concluiu hoje nesta cidade do sudeste do país.

No Centro de Interpretação da Cultura Cafeeira (Casa Dranguet) do Escritório do Conservador da Cidade, a equipe do Instituto Haitiano para a Salvaguarda do Patrimônio Nacional, membros da Unesco no Haiti e especialistas locais, apresentaram à imprensa o trabalho conjunto para conservar o patrimônio cafeeiro.

Monique Rocourt, coordenadora do projeto no Haiti, explicou que o primeiro objetivo da visita foi o intercâmbio com a equipe técnica responsável pela classificação dos Caminhos do Café de Cuba como Patrimônio da Humanidade, a fim de utilizar em seu país métodos semelhantes que os levem a classificar os seus como Patrimônio da Humanidade.

A especialista enfatizou que o patrimônio cafeeiro de Cuba e do Haiti está relacionado, porque aqueles que trouxeram o cultivo do café para as Grandes Antilhas vieram do Haiti, razão pela qual eles querem estudar as semelhanças e diferenças nas ruínas de ambos os países e, em particular, como os emigrantes haitianos viviam nas plantações de café cubanas.

Clara Tatiana Villegas, Diretora do Escritório da Unesco no Haiti, elogiou a ideia de reconstruir uma história em torno dos costumes e do trabalho dos homens e mulheres nas plantações de café em Cuba e de estudar todas as possibilidades de cooperação entre os dois países, intercâmbio profissional, pesquisa e aprendizado mútuo.

Do lado cubano, a anfitriã, Dra. Yaumara López Segrera, Chefe do Departamento de Estradas do Café do Escritório do Curador da Cidade de Santiago de Cuba, explicou que o intercâmbio foi uma continuação da colaboração entre as instituições haitianas e cubanas, já que teve precedentes em 2004 e 2010.

López Segrera, também líder da Casa Dranguet, disse que foram dias enriquecedores em que os especialistas cubanos tiveram acesso aos resultados dos pesquisadores haitianos sobre as origens do patrimônio cubano, o que permitiu uma melhor interpretação da cultura cafeeira cubana.

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