Segundo o portal Poder360, o encontro ocorre “em meio aos retrocessos do acordo de livre comércio do bloco com a União Europeia (UE), praticamente impossível de ser concluído neste ano, como desejava Lula”.
O presidente brasileiro dará um abraço de boas-vindas no Museu do Amanhã, na região portuária do Rio, aos seus pares Alberto Fernández (Argentina), Luis Alberto Lacalle Pou (Uruguai) e Santiago Peña (Paraguai).
O governante da Bolívia, Luis Arce, também estará no encontro, já que a aliança assinará o protocolo de adesão de La Paz ao Mercosul, após a aprovação (28 de novembro) pelo Congresso Nacional da entrada do novo membro.
Ao assumir o comando do Mercosul, no dia 2 de julho, Lula manifestou o desejo de anunciar o acordo com a UE no fórum do Rio. Nesta quinta-feira termina essa liderança e o Paraguai assumirá a titularidade rotativa por seis meses.
O Poder360 assegura que tal aspiração de fechar o acordo com os europeus foi considerada pelo Governo como o principal objetivo do ex-sindicalista na cena internacional.
Até recentemente, havia expectativas de que as negociações avançassem e que um anúncio final pudesse ser feito esta semana.
No entanto, informa o site, a posição contrária de 2 de dezembro do Presidente da França, Emmanuel Macron, praticamente enterrou qualquer possibilidade de conclusão em 2023.
“Sou contra o acordo Mercosul-União Europeia. É um acordo completamente contraditório com o que ele (Lula) está fazendo no Brasil e com o que nós estamos fazendo (…) Esse acordo, no fundo, não leva em conta a biodiversidade do clima”, disse Macron.
No dia seguinte, o Comissário de Comércio da UE, Valdis Dombrovskis, cancelou uma viagem ao Brasil, onde estava prevista uma reunião (seria amanhã) para finalizar os termos do pacto entre os dois blocos.
A Argentina também está preocupada, depois de o seu presidente eleito, Javier Milei, ter classificado o Mercosul como um obstáculo económico.
No entanto, a sua futura ministra dos Negócios Estrangeiros, Diana Mondino, esclareceu em 26 de novembro que o país poderia cooperar na conclusão do compromisso com a UE.
Diante dos infortúnios, Lula ressaltou na última segunda-feira que não abrirá mão do entendimento comercial entre os dois blocos.
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