23 de November de 2024
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MP insiste na retirada da imunidade do presidente eleito da Guatemala

MP insiste na retirada da imunidade do presidente eleito da Guatemala

Guatemala, 8 dez (Prensa Latina) O Ministério Público (MP) informou hoje que apresentará um novo pedido de retirada do processo pré-julgamento contra o presidente eleito da Guatemala, Bernardo Arévalo, pela possível prática de lavagem de dinheiro.

Em conferência de imprensa, o chefe da Procuradoria Especial Contra a Impunidade, Rafael Curruchiche, detalhou os resultados das investigações no âmbito do caso ‘Corrupção Semente’, que implica também dois deputados daquele grupo político.

O responsável manifestou que vão solicitar a retirada da imunidade dos actuais deputados, Samuel Pérez e Ligia Hernández, secretário-geral e secretário-geral adjunto número 1, relativa a sete constatações da gestão das finanças na fase constituinte daquela força.

Curruchiche vinculou Arévalo à aquisição de um imóvel avaliado em 44 mil dólares, cujo dinheiro utilizado permanece por esclarecer, razão pela qual instarão os Estados Unidos, através das suas agências, a investigar a origem.

Mencionou que o trabalho do seu órgão pelas diversas ilegalidades relacionadas com o processo eleitoral e Semilla, a grande vencedora das últimas eleições, continua a desenvolver-se.

O MP destacou ainda os mandados de detenção contra Jaime Gabriel Gudiel e Cinthya Rojas, integrantes do grupo pelos crimes de falsidade ideológica com agravamento eleitoral, que se presume estarem fora do país.

Relativamente ao processo de votação de Junho e Agosto, Curruchiche afirmou que houve ‘sabotagem’ na sua gestão e irregularidades no funcionamento do sistema de Transmissão de Resultados Preliminares Eleitorais (TREP) e na alteração de documentos.

A agente fiscal Leonor Morales explicou que durante a operação em setembro passado no Parque de la Industria, sede do arquivo eleitoral, constataram que o Tribunal Supremo Eleitoral incorreu em ilegalidades na guarda das urnas com as cédulas.

Após a surpreendente vitória no primeiro turno de Semilla e do seu porta-estandarte Arévalo, o MP divulgou o caso denominado ‘Corrupção de Semilla’, devido a supostas assinaturas falsas na formação do partido político.

Diante das manobras seguidas por aquela entidade investigativa, qualificadas de ilegais, organizações indígenas e sociais convocaram protestos nas ruas no último dia 2 de outubro em defesa da vontade popular expressa nas urnas.

As mobilizações das lideranças ancestrais e de múltiplas entidades combinadas mudaram de estratégia ao focarem em um protesto em frente à sede do MP, que completa 67 dias nesta sexta-feira em busca da renúncia da procuradora-geral Consuelo Porras.

Os analistas apontam o caráter inédito de um caso declarado ‘sob reserva’, a perseguição contra o presidente eleito e Semilla, bem como a violação por parte do Ministério Público da Lei Eleitoral e dos Partidos Políticos.

lam/znc/glmv

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