Estas previsões respondem ao facto de 20 países terem assinado na Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, COP28, que decorre no Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, o compromisso de triplicar a sua capacidade energética nuclear até 2050.
A decisão, tomada principalmente por países da Europa e da América do Norte, reconhece que o mundo não alcançará a meta de emissões líquidas zero sem construir mais centrais nucleares, razão pela qual a Associação Nuclear descreveu a determinação como muito significativa.
No âmbito do compromisso, os países adotarão diversas medidas, incluindo o prolongamento da vida útil dos reatores nucleares existentes até 80 anos, além de fabricar reatores modulares avançados de grande e pequeno porte.
Segundo especialistas, triplicar a capacidade nuclear não é uma tarefa fácil, o que exigirá que os governos acelerem a aprovação de novas centrais, bem como enormes compromissos financeiros, razão pela qual muitos analistas especializados em energia nuclear estão cépticos quanto à viabilidade do plano.
Para outros especialistas, o papel desta fonte de energia é vital, como reserva de energias renováveis, como a eólica e a solar, quando estas não estão disponíveis.
No ano passado, a União Europeia classificou a energia nuclear como verde e limpa, o que constituiu um grande impulso para a renovação do sector, apesar da falta de um local permanente para o armazenamento seguro de resíduos radioactivos.
Nuclear for Climate, uma iniciativa popular de mais de 150 associações criadas para promover a participação da energia nuclear na transição ecológica, considera-a uma das fontes de energia mais seguras, e é cada vez mais.
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