Santiago do Chile, 14 dez (Prensa Latina) Com acontecimentos em diversos pontos da capital, os comandos de rejeição e aprovação do projeto constitucional chileno encerrarão hoje suas campanhas, três dias antes do plebiscito de 17 de dezembro. Longe das grandes mobilizações do processo anterior, que reuniu mais de 500 mil pessoas só na Avenida La Alameda, desta vez os organizadores realizaram exibições nas ruas, distribuição de panfletos e concentrações mais austeras.
Aqueles que se opõem à proposta da Carta Magna, considerando-a um retrocesso nas conquistas alcançadas pelas mulheres, trabalhadores e outros setores, pediram o fechamento da Plaza Maipú na comuna popular de mesmo nome, localizada na zona oeste da cidade.
Enquanto isso, os defensores planejaram uma manifestação na esplanada do metrô Tobalaba, nos arredores dos bairros ricos de Las Condes e Providencia.
“Todos os países avançam com suas Constituições e nós retrocedemos”, disse à Prensa Latina o presidente da Confederação Gráfica Nacional, Juan Palma.
Durante a entrega de folhetos no Paseo Ahumada, no centro histórico da capital, Palma alertou que o projeto patrocinado pelos partidos conservadores elimina o direito à greve e outras garantias dos trabalhadores.
Com esta Constituição, os reformados continuarão a receber pensões de pobreza, acrescentou.
As mulheres presentes na manifestação apontaram ainda a possibilidade de retrocesso na lei que permite a interrupção voluntária da gravidez por três motivos: inviabilidade fetal, violação ou perigo de vida da mãe.
Por outro lado, o principal argumento dos apoiantes da proposta é a necessidade de combater a criminalidade, pela qual culpam fundamentalmente os migrantes, e a imposição de políticas mais duras para enfrentar o flagelo.
Todas as pesquisas publicadas antes da proibição de divulgação deste tipo de estudos, deram como vencedora a rejeição sobre a aprovação, embora a última palavra seja dita nas urnas.
No próximo domingo, 15,4 milhões de pessoas devem participar no referendo, onde se espera uma elevada participação do eleitorado porque o voto é obrigatório.
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