Pelo que se apurou, Somko, preso desde o final de julho, pode apresentar a sua candidatura antes de 26 de dezembro.
Soube-se também que o atual presidente, Macky Sall, não concorrerá à reeleição depois de já ter cumprido os dois mandatos previstos na Constituição.
Sonko foi retirado das listas eleitorais após uma pena de dois anos de prisão por alegada corrupção de jovens, durante um processo judicial em que foi acusado de violação, de acusações das quais foi absolvido.
Também o partido liderado por Sonko, Patriotas Africanos do Senegal pelo Trabalho, Ética e Fraternidade (Pastef), foi dissolvido por um Tribunal de Justiça da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), sob o pretexto de que apelou aos seus simpatizantes para insurreição.
Em Julho passado, as tensões no Senegal aumentaram após o anúncio de que Sall estava a preparar uma mensagem ao país, o que gerou especulações sobre as suas intenções relativamente a uma possível reeleição. Os confrontos nas ruas deixaram 16 mortos.
A comunicação social recordou esta quinta-feira que a incerteza sobre a possível candidatura do presidente provocou um aumento da tensão política, agravada pela acusação de Sonko, que culminou em violentas manifestações de protesto.
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