“Na sexta-feira estamos antecipando a inauguração da fábrica, o presidente Luis Arce estará lá. (…) Acho que será uma boa notícia para o país”, disse o proprietário em declarações à imprensa.
Molina confirmou que, depois de superar múltiplos desafios técnicos e econômicos, a fábrica aguarda apenas a inauguração oficial.
Afirmou que Yacimientos de Litio Boliviano (YLB) teve que realizar trabalhos de revisão de engenharia, no qual se constatou que, conforme desenho inicial, o projeto não teria início.
Esta fábrica está localizada no Complexo Industrial YLB, ao sul do Salar de Uyuni, e exigiu um investimento de mais de 94 milhões de dólares.
O ministro destacou que o início das operações produtivas adquire significativa relevância porque marca o primeiro passo dentro de um conjunto abrangente de operações que fazem parte da cadeia industrial dos evaporitos.
Os relatórios do YLB indicam que a fábrica começará a operar com 20 por cento da sua capacidade, um número que aumentará gradualmente até atingir 100 pontos percentuais em 2024.
A fonte indica que a capacidade máxima prevista é de 15 mil toneladas de carbonato de lítio por ano.
O início das operações deste moinho incorporará a Bolívia na produção industrial e exportação deste composto de alta demanda no desenvolvimento de cátodos de baterias alimentados com este metal, em meio a uma transformação energética global em direção à eletromobilidade.
Karla Calderón, presidente da YLB, confirmou no dia 4 de dezembro em entrevista ao canal estatal Bolivia TV que a planta entraria em operação antes do final de 2023, embora não tenha especificado a data.
“É algo que o povo boliviano espera há mais de quatro anos”, afirmou, qualificando os testes realizados como positivos.
O proprietário considerou que esta será a melhor forma de terminar um ano de muito trabalho na YLB, onde se destaca ainda a assinatura de acordos com empresas chinesas e uma russa para a localização de fábricas com tecnologia de Extração Direta de Lítio.
Lembrou que em princípio estas empresas realizaram investimentos avaliados em 2,800 bilhões de dólares.
Ele ressaltou que, embora o principal produto com que a YLB atua seja o carbonato de lítio, também se dá atenção à obtenção do cloreto de potássio, composto muito procurado no mercado de fertilizantes.
Acrescentou que até à data o volume de produção deste composto de importância para a agricultura é de 70 mil toneladas e deverá atingir as 90 mil antes do final do ano.
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