O número de mulheres e crianças mortas em Gaza depois de mais de dois meses de bombardeamentos “excedeu tudo o que vimos em conflitos recentes”, disse a responsável numa entrevista à televisão Al Jazeera.
As pessoas que trabalham no terreno em Gaza ficaram sem palavras para descrever o nível indescritível de sofrimento e horror, sublinhou.
Dentro desse inferno, ser mulher ou criança palestina “significa realmente ser despojada de qualquer humanidade, dignidade, segurança ou consideração especial que normalmente seria dada às mulheres ou crianças em tempos de paz ou conflito”, disse ela.
Na semana passada, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) alertou que quase um milhão de crianças foram deslocadas à força desde o início da escalada de violência naquele enclave costeiro.
Bairros inteiros, onde as crianças brincavam e iam à escola, transformaram-se em pilhas de escombros sem vida, disse Adele Khodr, diretora regional para o Médio Oriente e Norte de África daquela entidade.
A Faixa de Gaza é mais uma vez o lugar mais perigoso do mundo para uma criança, alertou a diretora executiva do UNICEF, Catherine Russell, no início deste mês.
Por sua vez, a ONG Save the Children indicou que mais de um milhão de menores correm o risco de morrer devido à catástrofe humanitária que atravessa aquele território.
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