A pesquisa do Instituto CSA, realizada para os meios de comunicação Le Journal du Dimanche, Europe1 e CNews, vem à tona um dia antes do início dos trabalhos de uma comissão mista de senadores e deputados para tentar salvar a nova lei de imigração proposta pelo governo, interrompida por uma moção de rejeição na Assembleia Nacional.
A pesquisa certamente agrada aos conservadores (partido Os Republicanos) e à extrema direita (Agrupação Nacional) que aspiram a uma norma agressiva, que elimine a assistência médica do Estado a pessoas “sem documentos” ou limite ao máximo a regularização daqueles que trabalham em setores com escassez de mão-de-obra, defendidos pelo executivo.
Segundo o estudo, 73 por cento dos entrevistados consideraram que em matéria de expulsão a segurança deveria ter precedência sobre os direitos dos estrangeiros, enquanto 60 por cento se opuseram à aquisição automática da nacionalidade francesa por crianças nascidas em solo gaulês de pais estrangeiros.
No que diz respeito à regularização de imigrantes indocumentados com empregos em áreas sob tensão, 65 por cento dos participantes no inquérito rejeitaram-na, incluindo uma maioria dentro das fileiras da força governante Renascimento.
Amanhã, sete senadores e sete deputados analisarão na comissão o texto-base aprovado no Senado, sob controle conservador, que transformou radicalmente a iniciativa promovida pelo governo no Parlamento.
O partido no poder viu-se obrigado, depois da moção da passada segunda-feira na Assembleia Nacional, a negociar com a direita que pretende ir mais longe no endurecimento do tratamento da imigração, na esperança de gerar um projeto equilibrado.
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