O senador Carlos Camy, do Partido Nacional, informou em entrevista coletiva que nas próximas eleições nacionais, marcadas para 27 de outubro de 2024, haverá referendo sobre a aprovação ou não de batidas policiais noturnas em residências.
Segundo Camy, a proibição dessas invasões fez com que o tráfico de drogas, o crime organizado e a delinquência “aproveitassem essa vantagem que a Constituição da República lhes dá ou essa disposição para exercerem suas atividades criminosas à noite”.
Será através da reforma constitucional depois de a iniciativa ter sido aprovada por dois quintos das assinaturas da Assembleia Geral do Parlamento, que reúne senadores e deputados.
A proposta foi encaminhada à Justiça Eleitoral para validar as assinaturas e organizar a convocação, que contou com os votos contrários da oposição Frente Ampla.
Na legislação atual, essas operações não são consideradas e a proposta é que sejam aprovadas por um juiz “nos termos da lei”.
A oposição refuta que um plebiscito com termos semelhantes não tenha alcançado os votos nas eleições presidenciais e legislativas de 2019, e tenha sido interpretado como uma manobra face ao fracasso do governo face à crescente insegurança.
Outra proposta de consulta, promovida pela confederação sindical PIT-CNT, está em fase de recolha de assinaturas e visa reformar o regime de pensões que o governo conseguiu impor com maioria parlamentar.
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