De acordo com um estudo do Conselho Nacional de Pesquisa (CNR) do país, publicado na sexta-feira no site da revista Vanityfair Italia, do número total de mulheres vítimas de abuso, apenas 5,0% relataram o abuso, o que esconde a verdadeira extensão do problema.
Sabrina Molinaro, pesquisadora do Instituto de Fisiologia Clínica do CNR, responsável pela pesquisa, disse que é alarmante “a baixa porcentagem de mulheres que afirmam ter relatado o episódio, apesar do forte impacto de tal violência”.
“As mulheres que sofreram episódios de violência, seja psicológica ou física, são caracterizadas pela presença de um estado de mal-estar generalizado, relatam níveis mais altos de estresse, dificuldade para dormir e uma maior propensão a se isolar”, disse ela.
Especificou que, nessa investigação, 50,3% das mulheres indicaram que não denunciaram as agressões porque consideraram que “não eram puníveis por lei”, enquanto 16,0% das que “perdoaram ou justificaram o agressor” e 11,3% das vítimas optaram por “esquecer o que aconteceu”.
“Tudo isso indica a importância de divulgar o conhecimento sobre o fenômeno e aumentar a conscientização para combater a tendência de normalizar as experiências relacionadas à violência de gênero do ponto de vista cultural”, acrescentou Molinaro.
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